terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Enferrujada

A Enferrujada Como as papagaias, que depois de algum tempo de vida e amor com seus machos, perdem as penas coloridas, têm a pele envelhecida, sua voz torna-se rouca e enfraquecida, suas energias se vêem debilitadas, suas forças parecem cair e seu corpo quase que como morto, assim são as mulheres enferrujadas, agora fracas no amor e cansadas de romantismo, que talvez não se apaixonem mais e quem sabe se desligam do cotidiano não desejando mais homens, e se consagrando a um ritmo de vida onde o sexo não tem voz nem vez, carentes de carinho e sem a alternativa de um parceiro de cama e companheiro de caminhada. Eis as garotas “velhas e mortas” para a sexualidade, a vida e o trabalho, que desistiram de viver e não anseiam mais por paixão e desejo, que abraçam uma vida de rotina e sono, sem possibilidades de evolução na vida e crescimento saudável, agradável e sustentável. São meninas “antigas”, tradicionais e que ainda estão na Idade Média, não avançam na vida e não querem progredir material e espiritualmente. São mulheres “carecas”, que não aspiram por “transar” sexualmente e passam a vida beijando as trevas e uma realidade cotidiana de prisão de idéias e de escravidão de mentes, corpos e espíritos. Assim são as Enferrujadas. Não querem homens e sua existência não tem paixão, emoção ou coração. Envelheceram antes do tempo. Morreram antes da cova e depois do caixão. Desejam o cemitério e sua vida é a festa do enterro e o espetáculo do velório. Sua vida é uma eterna noite. Sua vida é ferrugem

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