quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dia das Mães

Dia de todas as Mães
(9 de Maio)

Todas as vezes que eu me lembro de minha mãe, já falecida, recordo os
bons momentos de minha infância e juventude.
Nela, eu sempre encontrava o carinho e o acolhimento de quem respeita
os seus filhos, compreende os seus problemas e os ajuda a resolver as
suas dificuldades do dia a dia.
Com ela, repartia o meu salário de trabalhador e professor do ensino
médio no Estado do Rio de Janeiro.
Sem ela, não há calma na minha alma nem paz no meu espírito.
Ela era tudo para mim.
A Mulher responsável pelas coisas de casa.
A Mulher que me aconselhava na hora das contradições da minha vida.
A Mulher que entendia os meus limites e aceitava a minha natureza
pobre e fraca, muitas vezes envolvida pelas adversidades da sociedade
e pelos transtornos do meio em que vivíamos.
Ela era a companheira que me levava para a escola estudar ou para o
hospital quando eu tinha necessidade.
Ela me dava dinheiro para a merenda escolar e ia comigo para as festas
juninas do Colégio.
Quando ela ia à feira na rua vizinha, sempre me trazia um riquinho, um
presente ou um doce ou alguma coisa que pudesse me alegrar e
alimentar, a mim e aos seus outros filhos e filhas.
Ela achava dinheiro na rua, e assim comprava para nós umas bananas no
final da feira ou umas tangerinas para saciar o nosso desejo por
frutas que têm vitamina C.
Na Tijuca ou no Rio Comprido, e na Praça da Bandeira, cuidava dos
filhos e filhas com o amor de mãe interessada sempre na nossa boa
saúde e ótimo bem-estar físico, mental e espiritual.
Conosco, freqüentava os botequins da vida, as padarias com seus
sonhos e pizzas, as farmácias do melhoral e do xarope vick vaporouge,
as missas das igrejas perto de nós, sempre ao mesmo tempo nos dando um
conselho para a nossa caminhada cotidiana, um alerta diante dos
perigos das ruas e uma chamada de atenção quando cometíamos alguma
falta grave ou erro de conduta.
Mas ela era Mãe.
Mãe sempre bem intencionada.
Que nos dava bons exemplos de vida.
Mãe sofredora e trabalhadora.
Mãe atenta aos nossos desejos e solícita perante as nossas necessidades.
Ela fazia tudo por nós.
Quase tudo.
O Impossível ela entregava a Deus.
Mulher de oração e espiritualmente firme e forte.
Gostava de Deus.
Pôs os seus filhos e filhas no caminho do Senhor.
Cumpriu a sua obrigação.
Fez o seu dever de gerar e educar os seus herdeiros para a vida.
Não os aprisionou nem os escravizou, como se quisesse guardá-los só para si.
Ao contrário, quando maiores, entregou-os à vida, e deixou que a vida
os levasse, como canta o Zeca Pagodinho, certa de que Deus estaria com
eles e elas, os ajudaria e abençoaria sempre nesta vida.
O nome dela era Glória.
Glória da Conceição.
Como ela, assim são as Mães, todas as Mães, sem exceção, vivas e falecidas.
Na vida, elas são a luz mais brilhante que o Sol.
Elas são o amor mais quente que o fogo.
Elas têm o dom de bem educar para a vida.
Elas são o perfume mais agradável do Céu.
A Jóia mais valiosa.
A Pérola mais preciosa.
O Tesouro mais rico que podemos ter.
O Pedaço de ouro que ainda resta em nós.
O Canto macio dos passarinhos.
O Doce aroma das rosas e das violetas.
O Suave beijo que só elas sabem oferecer para os seus.
O Abraço carinhoso.
A Acolhida de quem ama de verdade.
Uma mulher sem preconceitos.
Assim é toda Mãe.
Uma mulher verdadeira e autêntica.
Uma mulher que tem a transparência do espelho que ilumina o nosso
rosto e o nosso corpo com seu brilho incomparável.
Ela é Mãe, mulher e nada mais.
É a música mais perfeita do paraíso.
Rica em virtudes.
Bela como a Flor .
Grande como o Oceano, porém mais pequena que a bola de gude.
Ela pode ser um giz miúdo aos olhos dos outros.
Todavia, para mim ela é uma gigante dentro do lar, a Rainha do
apartamento, a Dona da casa, a Mestra da Cozinha, a Doutora do coração
que sabe qual é o melhor remédio para seus filhos e filhas.
As Mães são assim.
Mais elegantes que a prata.
Mais charmosas que as margaridas.
Mais bonitas que o verde das matas e o oxigênio das florestas.
Elas são lindas.
Lindas porque além de mães elas têm um carinho especial por Deus, que
as faz ainda mais importantes do que são.
Interessante.
Por que toda mãe gosta de Deus ?
Talvez porque elas foram feitas pelo Senhor para serem o Deus de seus
filhos e filhas.
Deus no Céu e a mãe na Terra.
E como deusas do amor são perfeitas no seu lado humano de cuidar bem
da sua herança.
Eis o que é Mãe.
Porque têm respeito e fazem tudo direito visando sempre o bem-estar da
sua família.
Porque são quase perfeitas já que possuem seus problemas pessoais e
suas dificuldades familiares.
Porque zelam por seus maridos, pais dos seus entes queridos.
Porque rezam.
Rezam todos os dias e todas as noites.
Por isso tudo, Deus é a Mãe na Terra.
Ninguém como a mãe sabe o que é Deus.
Deus não é Mãe.
A Mãe não é Deus.
Mas ambos são o reflexo de um e da outra.
Mãe é isso.
É a única coisa que ela sabe ser.
Não sabe ser outra coisa.

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